15 setembro 2006

Tu não te moves de mim

já és de dentro (in) e pensas que és livre. porém, não é tão fácil a sim, meu amor. construi castelos e fortalezas para te proteger e agora tu não te moves de mim. és assim: prisioneira. já pensei em te deixar ir, até fiz uma janela para que vejas o luar e o solar(?). mas foi tu que se enraizou em mim; você é quem se apoderou. mégara, já falei que tu me habitas, não é? agora fica difícil de despejá-la... lê um pouco, faz poesia e que cresça ela dentro de mim. cresça tu em mim e extravase ganhe limites maiores que meu corpo. faça um jogo de palavras - o que é o livro? - pra te fazer emergir do tédio da vida. a minha casa de (in) costumava sempre ficar cheia de flores; agora, você quebra todos os vasos e aos poucos torna-se cavalo dentro de mim. mas de cavalo eu gosto, assim como clarice: - com quem tu brincas de espelho - :cavalo lustroso e forte. tu és desenho criativo de linhas sobre fotografias, linhas poéticas, é claro! já que o que tu és dentro de mim é poesia. vem pra perto da cabeça e conversa no pé-do-meu-ouvido para que eu não me olvide de ti. vai dormir, querida, porque estás cansada e amanhã espero que tu acordes fora de mim e perceba que ainda nos pertencemos.

Um comentário:

Anônimo disse...

beeeeeem legal... não gostei só de uma parte, depois te conto se lembrar...