21 setembro 2006

de dentro, algo que não é meu

dessa de você me habitar, aconteceu algo estranho na última semana. caminhava pela praia num sábado nublado - é bom andar na areia ainda molhada da chuva do dia anterior - quando vi algo que era comum para mim. porém, chorei ao ver. mas era uma lágrima diferente, não tão salgada; de uma dor que espreme a garganta. parei e me sentei: deve ter algo de errado? mas lembrei que este gosto vinha de você. lembra quando você chorou enquanto eu te beijava? foi isso. era o mesmo gosto de água - que és tu. veio de dentro, veio de ti. já me dominas meu corpo; tomou me como modo de sair de mim. e a lágrima foi a primeira parte de ti que extravasou, mostra que daqui a pouco tornar-se-á real.

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