03 março 2006

Parque Industrial

"Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação
Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção
Tem garotas propaganda
Aeromoças e ternura no cartaz
Basta olhar na parede
Minha alegria num instante se refaz
Pois temos o sorriso engarrafado
Já vem pronto e tabelado
É somente requentar e usar
É somente requentar e usar
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação
Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção
A revista moralista
Traz uma lista dos pecados da vedete
E tem jornal popular que
Nunca se espreme
Porque pode derramar
É um banco de sangue encadernado
Já vem pronto e tabelado
É somente folhear e usar
É somente folhear e usar
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
Made in Brazil"

Tom Zé - Parque Industruial - Tropicália ou Panis et circensis

Floresta virgem. Ninguém havia chegado aqui, até umas semanas atrás. Os animais brincavam sobre a folhagem seca nas terras. Algumas plantas trepavam em outras árvores maiores para alcançar um pouco de luz, já que no seu interior é uma escuridão total e apenas os olhos das onças e alguns esparços faixos de luz davam um teor mais tênue na escuridão. Porém esse cotidiano mudou desde que as máquinas chegaram por aqui. Com a seção das terras pelo governo, criou-se uma zona franca de produtos tropicais. Os animais e plantas mal sabiam o que aquilo significava, mal esperavam eles o que poderia acontecer. Começou com a construção de uma usina. Começou a derrubada das árvores. Os bichos saíram para o outro lado da mata. Uma fumaça preta subira ao céu pela primeira vez. Era a previsão da morte. Porém não se pode pensar que vieram industrias modernas, de computadores, carros... Vieram pra cá industrias de bananas, da florestas, bundas carnavalescas, propagandas, aeromoças, futebolístas, etc.. A construção desse parque industrial já alcançara metade da floresta e milhares de árvores e bichos viraram parede para as casas e roupa que dedsfilvam nas noites das cidades grandes. Milhares de pessoas chegavam de longe para trabalhar e o sossego da floresta acabou. A escuridão foi trocada pela iluminaçlão alaranjada das lâmpadas de segurança e das ruas das indústria. Agora não há mais floresta. Os passáros já não fazem mais a sinfonia da floresta. Não há mais bichos. E nenhuma planta. Somente os produtos artificias que dominavam as ruas e estoques das fábricas. Antes eu era parte dessa floresta, agora sou um simples operário, que tem que bater cartão e chegar no seu barraco para descansar e trabalhar no dia seguinte.

4 comentários:

carricas disse...

fala brother!
temo q postar...

carricas disse...

novo post!!!

Anônimo disse...

Quem sabes revisas um pouco mais o teu texto antes de publicar?

Faixos -> Fachos.
Seção -> Cessão.

e os erros de digitação...

Cauê disse...

thank´s gal ;)

pode deixar, é que não tenho muito saco para reler o que escrevi, acho uma bosta e acabo apagando tudo!